Respira. Aceita. Respira de novo. Aceita a condição.
Vive. Ou aprende a viver.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Saramagueando...
Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
É tempo
É tempo de lavar o coração confuso
E cicatrizar as mágoas do coração ferido
E aquecer o coração gelado
E apagar o coração traumatizado
E ser feliz.
E cicatrizar as mágoas do coração ferido
E aquecer o coração gelado
E apagar o coração traumatizado
E ser feliz.
domingo, 30 de setembro de 2012
Tu, Hominis
E se você for o foco
A disseminação
Se você for a improbabilidade dos fatos (e é)
A motivação de Raskholnikov
Ou a hiena.
Se você for um erro,
Eu quero comete-lo pela centésima vez. E pra sempre, pra sempre, pra sempre...
(obrigada pelo companheirismo, pela amizade, pela sinceridade.)
A disseminação
Se você for a improbabilidade dos fatos (e é)
A motivação de Raskholnikov
Ou a hiena.
Se você for um erro,
Eu quero comete-lo pela centésima vez. E pra sempre, pra sempre, pra sempre...
(obrigada pelo companheirismo, pela amizade, pela sinceridade.)
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Cinco
Cinco sentidos. Minuciosos, ousados, confusos.
Cinco sentidos. Que sentido isso faz?
Olfato
Paladar
Tato
Visão
Audição
Atentos, acesos, apaixonados.
Presa entre cinco sentidos, cada vez mais apurados, explorados, resplandecidos, por conta de cinco meses e uma só vontade. E um só sentimento.
Eu te amo.
Cinco sentidos. Que sentido isso faz?
Olfato
Paladar
Tato
Visão
Audição
Atentos, acesos, apaixonados.
Presa entre cinco sentidos, cada vez mais apurados, explorados, resplandecidos, por conta de cinco meses e uma só vontade. E um só sentimento.
Eu te amo.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Auto-controle
Fazer de um mantra: A dor não passa, mas evite falar sobre ela.
Ter fé e ver coragem no amor.
Ter fé e ver coragem no amor.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Tempo de pipa
Sabe o que eu gosto muito em ti?
Seu sorriso quando acorda no meio da noite,
seu cabelo despenteado,
seus olhos vendo algum desenho na televisão,
o modo como você lida com as coisas, com a vida,
sua voz (ah, sua voz)
a maneira como você demora pra comer,
a maneira como você bebe tão rápido,
seu jeitinho de fingir interesse em futebol,
o tamanho infinito do seu abraço,
o jeito que você se irrita com os pêlinhos que insistem em aparecer pela sua bochecha.
Sabe o que eu gosto em nós?
Do nosso abraço,
das crises infinitas de risadas e infundadas
da maneira como os nossos corpos fluem em um só,
da nossa mania de brisar em coisas que ninguém normal brisaria,
E de mim, sabe o que eu mais gosto?
De ter você.
Seu sorriso quando acorda no meio da noite,
seu cabelo despenteado,
seus olhos vendo algum desenho na televisão,
o modo como você lida com as coisas, com a vida,
sua voz (ah, sua voz)
a maneira como você demora pra comer,
a maneira como você bebe tão rápido,
seu jeitinho de fingir interesse em futebol,
o tamanho infinito do seu abraço,
o jeito que você se irrita com os pêlinhos que insistem em aparecer pela sua bochecha.
Sabe o que eu gosto em nós?
Do nosso abraço,
das crises infinitas de risadas e infundadas
da maneira como os nossos corpos fluem em um só,
da nossa mania de brisar em coisas que ninguém normal brisaria,
E de mim, sabe o que eu mais gosto?
De ter você.
domingo, 12 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
Sobre aquilo que não se fala
Fica no canto do quarto, junto de algumas outras recordações e lembranças que não possuo conhecimento e não me importo.
O quadro é grande e colorido e não sou eu quem estou lá, com ele.
É discreto, mas na minha cabeça, do tamanho do mundo e o peso da alma.
O amor é um cão dos diabos.
O quadro é grande e colorido e não sou eu quem estou lá, com ele.
É discreto, mas na minha cabeça, do tamanho do mundo e o peso da alma.
O amor é um cão dos diabos.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Auto-sabotagem
Uma capacidade imbatível em procurar sofrimento em tudo. É como se fizesse questão de me machucar, não interessa de fato o motivo.
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
terça-feira, 10 de julho de 2012
sur(realismo)
Nos complexos traços de Picasso, é possível encontrar em sua poesia um toque de claridade e imensidão.
"Não há nada aqui
Tudo está em seu lugar
E meu lugar está aí."
"Não há nada aqui
Tudo está em seu lugar
E meu lugar está aí."
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Breve e (e)terno instante
Foi naquele pontual momento, que vi suas lágrimas caindo sobre um rabisco desafinado de um papelzinho torto, que entendi e aceitei toda a felicidade.
Enxugando suas lágrimas, a vida teve porquê.
Enxugando suas lágrimas, a vida teve porquê.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Sofia acordou da mesma forma de sempre. Abriu a janela e olhou para as mesmas coisas de sempre. Fechou, como sempre.
Se colocou no moletom de sempre e foi ao mercadinho de sempre, pegar o cigarro de costume. Tragou como o habitual e deitou-se com a tonturinha de rotina.
Passou o dia exatamente da mesma forma como sempre costuma passar.
Mas na hora de deitar-se, na cama e cobertas que sempre lhe pertenceram, não se sentiu a mesma de sempre.
Não sabia se tinha quebrado a si mesma ou o hábito massacrante havia a derrotado de vez.
Se colocou no moletom de sempre e foi ao mercadinho de sempre, pegar o cigarro de costume. Tragou como o habitual e deitou-se com a tonturinha de rotina.
Passou o dia exatamente da mesma forma como sempre costuma passar.
Mas na hora de deitar-se, na cama e cobertas que sempre lhe pertenceram, não se sentiu a mesma de sempre.
Não sabia se tinha quebrado a si mesma ou o hábito massacrante havia a derrotado de vez.
domingo, 24 de junho de 2012
Sou, não é
Pensei em muitas coisas, mas no fim, não sobraram muitas e pensando melhor, ainda bem.
O orixá de Vinícius não engana. Dói demais pra ser feliz.
O orixá de Vinícius não engana. Dói demais pra ser feliz.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Não obstante em lidar e superar os próprios fantasmas do passado, há aqui a árdua missão de lidar com o passado alheio, entender que existiu e que é passado. Mas as vezes, vêm como um farol alto que ilumina sem dó nem piedade esse presente que é consolidado e fala alto e turva a visão de futuro de uma maneira inescrupulosa e incoerente.
O tempo, a história, a vida são cruéis demais pra quem vive.
O tempo, a história, a vida são cruéis demais pra quem vive.
domingo, 10 de junho de 2012
Definitivo
O rabisco que rabisca
O rabisco que te fode
Te vira do avesso
Te joga na vala
O rabisco que te entrega
Que te enrosca
Embosca
Esboça
Rabisca.
Nada nunca é o que só é.
O rabisco que te fode
Te vira do avesso
Te joga na vala
O rabisco que te entrega
Que te enrosca
Embosca
Esboça
Rabisca.
Nada nunca é o que só é.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
Quando te agradeço (coisa que sempre faço, impreterivelmente) é por falta de tato, palavras ou qualquer demonstração de afeto que vai ser suficiente para apontar tudo aquilo que sinto.
Nem o agradecimento o é. Nem o amor é. Nada será.
(Mas assim, meu querido, me felicito demais com o termo "será" e qualquer promessa futura que nos diga respeito)
Nem o agradecimento o é. Nem o amor é. Nada será.
(Mas assim, meu querido, me felicito demais com o termo "será" e qualquer promessa futura que nos diga respeito)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Delírios (in)exatos
Assim, de repente, as lágrimas me vêm aos olhos. O amor existe, cara. Em SP e em todos os cantos do mundo.
Não só existe, como vive e respira. E transborda.
sábado, 26 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
No muro de Mata-Cavalos
É como se te conhecesse desde o dia que nasci.
É também como se desconhecesse e não soubesse absolutamente nada sobre você e todo dia descobrisse uma coisa nova - descobrindo ouro em cada milímetro teu.
Todo dia uma novidade, todo dia uma alegria nova pra viver. Nem que seja essa alegria encravada numa saudade besta e matadora de qualquer qualquer qualquer qualquer qualquer coisa.
Saudade de você e de todos os pedacinhos e cheiros e frases e coisas que te digam respeito. Com a maior pureza impura da palavra saudade. Com toda a sinceridade que uma saudade de 3 dias possam não ter. Com tudo que me é direito e que também não o é.
Se é pra me aquecer, esfriar, amenizar, acalmar, tensionar, estremecer, que seja com você.
domingo, 20 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
as vezes o tempo passa e a gente não percebe ou finge que não percebe. E aí a gente repara que a nuvem colorida que saltava aos olhos dá lugar a um tempo nublado e sem sal que chega a arder de tédio.
A calma meu amigo, não é comigo, ela nunca me pertenceu e aprendi a amar isso intensamente.
No mundo das amenidades, sou uma estranha.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
balada louca do louco cotidiano
Procuro por poemas.
Bobagem, me deparo com eles piscando os olhos ou até mesmo no hábito sujo de acender um cigarro ou ficar muito puta esperando meia hora por um ônibus lotado que me leva pra onde eu não quero ir.
A poesia está em tudo. Não falta enxergar, mas ver.
Sê.
A concepção de morte é sempre uma coisa meio turva, baça e ninguém, acreditava eu até então, poderia sentí-la de alguma forma.
Mas ao me deparar com situações como essas, das quais há uma preparação prática para o evento - que não deveria ser assim tão trágico - que me ponho a dúvida sobre alma das pessoas.
Descansar, fim, recomeço, seja o que for. A morte é sempre a morte.
domingo, 13 de maio de 2012
No fio da navalha
Tudo sempre por um fio. Todo dia um jeito diferente de lidar com situações novas. Com um certo incômodo, ora marcado por sorrisos amarelos, ora marcado por sorrisos sinceros, ora sem reação alguma. Tudo, seguindo seu conselho meu querido, sem medo.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
É como se tudo, absolutamente tudo tivesse mudado.
Como se as músicas que eu ouço sempre há anos tivessem tomado um outro significado, as cores tivessem criado um outro tom, o que eu toco uma oura textura.
É tudo muito diferente. Muito mais baço, mas de um jeito muio melhor.
Sem noção de tempo, espaço, rumo certo. Sem noção de nada. Muito menos do tamanho do meu sorriso.
terça-feira, 8 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Há quem acredite que o amor puro não existe mais. Há quem não veja cores onde não tem, não sinta ansiedade na constante espera. Há quem não goste mais de mãos dadas ou um abraço cheio de energia.
Há ainda algumas pessoas que acreditam que o romance acabou e que se apaixonar é invenção.
Eu, meio por aqui, meio por ali, meio por aí, abro meus olhos fechando-os e passo a sair do grupo dos que dizem.
Eu digo amor.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Correio elegante
Desde pequeno esperava todos os dias por carta. Das que diziam que sua vida ia melhorar, do anúncio de uma herança milionária, de qualquer coisa que o tirasse dali.
Certo dia, naquela mesma casa e naquela mesma caixa enferrujada de correio, recebera o convite de seu casamento. Ia se casar e recebeu o convite ou intimato ou como quer que prefiram chamar. E lá foi. Afinal de contas era uma carta, a carta era um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas.
E aí então se casou. E na sua casa, pintada de azul, tinha uma caixinha de correios prateadinha e simpática, que combinava bem com o ar da casa. A caixinha tinha uma chave especial para a entrega das cartas e todos os dias a tarde, depois do trabalho, sem faltar um dia, levava a chave ao buraco com a esperança de cartas. Mas só o que recebera era contas, intermináveis, inalcançáveis e impagáveis. Mas, era uma carta, a carta era um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas.
E o tempo passou e as rugas chegaram e a dificuldade de andar também. Mas o anseio pelas cartas sempre esteve em sua cabeça. E a chave e a caixinha já estavam um pouco desgastados, assim como as paredes azul da casa um pouco desbotadas, mas a tradição da caixinha do correio estava ali.
Recebera um dia, de outono, mas já com cheiro de jasmin, uma carta curiosa, sem remetente, mas com o destinatário certeiro "PARA VOCÊ". Estranhou não ter títulos de bancos ou de grandes empresas ou de um hospital ou outro que agora volta e meia lhe mandavam opções de convênio para a terceira idade (cartas novas, intimações novas, convites novos, convites aceitos). E abriu. Leu, releu, ficou sem entender. Pensou em relutar. Mas, era uma carta, a carta é um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas. Sendo assim, sentou, pitou seu cigarro em frente a caixa mais ou menos prateada dos correios. Fechou os olhos.
A carta dizia "sua hora chegou".
Certo dia, naquela mesma casa e naquela mesma caixa enferrujada de correio, recebera o convite de seu casamento. Ia se casar e recebeu o convite ou intimato ou como quer que prefiram chamar. E lá foi. Afinal de contas era uma carta, a carta era um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas.
E aí então se casou. E na sua casa, pintada de azul, tinha uma caixinha de correios prateadinha e simpática, que combinava bem com o ar da casa. A caixinha tinha uma chave especial para a entrega das cartas e todos os dias a tarde, depois do trabalho, sem faltar um dia, levava a chave ao buraco com a esperança de cartas. Mas só o que recebera era contas, intermináveis, inalcançáveis e impagáveis. Mas, era uma carta, a carta era um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas.
E o tempo passou e as rugas chegaram e a dificuldade de andar também. Mas o anseio pelas cartas sempre esteve em sua cabeça. E a chave e a caixinha já estavam um pouco desgastados, assim como as paredes azul da casa um pouco desbotadas, mas a tradição da caixinha do correio estava ali.
Recebera um dia, de outono, mas já com cheiro de jasmin, uma carta curiosa, sem remetente, mas com o destinatário certeiro "PARA VOCÊ". Estranhou não ter títulos de bancos ou de grandes empresas ou de um hospital ou outro que agora volta e meia lhe mandavam opções de convênio para a terceira idade (cartas novas, intimações novas, convites novos, convites aceitos). E abriu. Leu, releu, ficou sem entender. Pensou em relutar. Mas, era uma carta, a carta é um convite, jamais deixaria passar uma carta depois de tantos anos esperando por elas. Sendo assim, sentou, pitou seu cigarro em frente a caixa mais ou menos prateada dos correios. Fechou os olhos.
A carta dizia "sua hora chegou".
terça-feira, 10 de abril de 2012
Na postagem 315, percebo que muita coisa e ao mesmo tempo nada mudou.
A loucura interna, externa, as vivências horríveis, magníficas, os choros sentidos, o coração batendo ardido, o tédio, a insuficiência de dizeres, de pensamentos e de palavras. Sempre na corda bamba da vida ou não.
Mas aí então, volta e meia, me deparo com alguns dizeres bonitos e de esperança e quando vejo que o acredito, o coração volta a se colorir.
E em verdade, nem o quê.
A loucura interna, externa, as vivências horríveis, magníficas, os choros sentidos, o coração batendo ardido, o tédio, a insuficiência de dizeres, de pensamentos e de palavras. Sempre na corda bamba da vida ou não.
Mas aí então, volta e meia, me deparo com alguns dizeres bonitos e de esperança e quando vejo que o acredito, o coração volta a se colorir.
Pelos caminhos que ando
Um dia vai ser
Só não sei quando.
E em verdade, nem o quê.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Me perguntam como estamos e eu me faço de louca, louca-sã-séria e falo que tudo bem, que não sei direito, que tanto faz, não quero falar disso. E a verdade é que realmente não sei como estamos, mas nem tão tranquila-sã-séria assim. Se entre um olhar e outro alguma coisa que parecia tão firme se destrói em segundos. Se entre uma fala ou outra minha cabeça gira e vêm lembranças na cabeça de um outro tempo, mais confuso que este.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
bossa nova usada
Onde jazz seu coração, minha querida amiga, o meu bossa nova. Bossa a nova por aí, querendo a nova, a novidade, desesperadamente.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Ele não era assim, não era. É isso que ela fica repetindo sem cansar, enquanto afaga o cachorro mimado, enquanto reclama de seus pés inchados e de seu estômago fodido e da sua febre que vai e vêm sem motivo. Deve ser nervoso por causa dele. Ela diz enquanto bate os dedos no sofá preto, olhando pra porta na esperança dele aparecer.
Como as pessoas ficam dessa forma? Ela me pergunta meio triste, meio cansada, meio se esquecendo de mim. Eu queria fazer esta mesma pergunta a ela, falar que eu existo porra, desabar problemas e amores estragados e talvez chorar, gritando que não sou tão forte assim quanto ela pensa que eu sou e que também vivo e preciso e respiro amor, por mais que não o demonstre, porque nunca me deixaram demonstrar.
Agora ela pica batatas, fazendo sopa. Ele está doente, ela balbucia. Esta é a última vez que vou fazer alguma coisa pra ele. Ela mente. Ela sabe.
Como as pessoas ficam dessa forma? Ela me pergunta meio triste, meio cansada, meio se esquecendo de mim. Eu queria fazer esta mesma pergunta a ela, falar que eu existo porra, desabar problemas e amores estragados e talvez chorar, gritando que não sou tão forte assim quanto ela pensa que eu sou e que também vivo e preciso e respiro amor, por mais que não o demonstre, porque nunca me deixaram demonstrar.
Agora ela pica batatas, fazendo sopa. Ele está doente, ela balbucia. Esta é a última vez que vou fazer alguma coisa pra ele. Ela mente. Ela sabe.
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Sobre você
Sobre você, aprendi que pouco posso dizer e, que aquilo que achava que sabia, vi que realmente nunca soube.
Mas, lendo texto, achei curioso me ver esboçando um sorriso amarelo e os dizeres de Vinícius ecoando em minha cabeça
"O homem que diz sou não é, porque quem é mesmo, é não sou
O homem que diz tô, não tá, porque ninguém tá quando quer."
Mas, lendo texto, achei curioso me ver esboçando um sorriso amarelo e os dizeres de Vinícius ecoando em minha cabeça
"O homem que diz sou não é, porque quem é mesmo, é não sou
O homem que diz tô, não tá, porque ninguém tá quando quer."
sexta-feira, 23 de março de 2012
Esse daqui tem muito mais amor pra dar...
É sempre bom saber, que apesar dos abismos e momentos negros intensos, ainda é possível chorar ao se deparar com coisas bonitas.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Taí, eu fiz tudo..
Até mesmo no carnaval, recebemos mensagens que na vida sempre tem e terá um pouquinho de quarta-feira de cinzas...
quarta-feira, 21 de março de 2012
Estranhos íntimos
Eu e F. somos assim. Estranhos íntimos. Volta e meia dividimos confidências sem nexo. Já trocamos salivas, fluídos, dividimos a mesma cama. Sem saber, dividimos também das mesmas paixões. Não um pelo outro. Mas pela vida que não tem cura.
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Todo o sentimento
Um frio chato, um domingo com cara de domingo e Chico me dizendo que não devemos dizer nada, que devemos permanecer encantados, um do lado do outro.
segunda-feira, 12 de março de 2012
hoje sou dona de sonhos bestas, como vestir sua camiseta e sentir seu cheiro de banho tomado mas que não usa perfume e de repente acordar com um café na cama ou um beijo do hálito de quem acaba de acordar e só quer dizer bom dia ou até mesmo boa madrugada, não interessaria o que iria ser dito.
penso em dormir do seu lado e enrolar lençóis e acordar com um braço ou uma perna dormente porque fiquei tempo demais na mesma posição pra não te acordar com meus movimentos. sonho com uma noite mal dormida, até mesmo em uma cama de solteiro, na qual não caberíamos muito bem e provavelmente algum de nossos membros ficariam do lado de fora durante a noite, ou algum de nós cairíamos e riríamos ou ficaríamos bem bravos com a situação.
acordar e olhar pra uma janela de uma visão diferente, com um tempo bonito, quem sabe sob a sombra das árvores, quem sabe com o barulho caótico da cidade, não importa.
me despedir no dia seguinte, depois de ter escovado os dentes e forjado um banho e alguma roupa, se despedir com um beijo seu me dizendo um "até breve" sincero, daqueles que realmente sabemos que é até breve, daquele que realmente esperamos pra sempre.
ficar pensando em você durante resto do dia e de noite ser embalada por um ritmo frenético de ansiedade, do qual eu fumaria mil cigarros e escutaria algum jazz ardido ou um romântico-clichê e pensaria em você olhando pra janela e escrevendo coisas como esta que agora escrevo.
penso em dormir do seu lado e enrolar lençóis e acordar com um braço ou uma perna dormente porque fiquei tempo demais na mesma posição pra não te acordar com meus movimentos. sonho com uma noite mal dormida, até mesmo em uma cama de solteiro, na qual não caberíamos muito bem e provavelmente algum de nossos membros ficariam do lado de fora durante a noite, ou algum de nós cairíamos e riríamos ou ficaríamos bem bravos com a situação.
acordar e olhar pra uma janela de uma visão diferente, com um tempo bonito, quem sabe sob a sombra das árvores, quem sabe com o barulho caótico da cidade, não importa.
me despedir no dia seguinte, depois de ter escovado os dentes e forjado um banho e alguma roupa, se despedir com um beijo seu me dizendo um "até breve" sincero, daqueles que realmente sabemos que é até breve, daquele que realmente esperamos pra sempre.
ficar pensando em você durante resto do dia e de noite ser embalada por um ritmo frenético de ansiedade, do qual eu fumaria mil cigarros e escutaria algum jazz ardido ou um romântico-clichê e pensaria em você olhando pra janela e escrevendo coisas como esta que agora escrevo.
domingo, 11 de março de 2012
tenho em mim todos os motivos pra ser feliz ou pelo menos esboçar um contentamento. sinto aqui todas as alegrias possíveis, a de ouvir um bom samba, dançar abraçado. Uma vontade louca de não pensar no amanhã e naquilo que o carrega. Uma imensa vontade de tornar um caminho longo ainda mais longo pra permanecer na ternura, na pureza de ter aquilo da forma exata como ficou.
no entanto, chego em casa, tiro meu vestido florido, minha sapatilha, ligo o computador e leio e escrevo coisas tristes ao som de glory box, que toca e dói no coração.
no entanto, chego em casa, tiro meu vestido florido, minha sapatilha, ligo o computador e leio e escrevo coisas tristes ao som de glory box, que toca e dói no coração.
sexta-feira, 9 de março de 2012
elevado(r)
Quatro pessoas. Desconhecidas em um elevador.
Cada
uma
para
em
um
andar.
Cada uma com suas aflições, suas peles carbonizadas pelo Sol, seus corações carbonizados pela chama que consiste em existir.
O tempo dita o assunto, mas não dita as vontades.
Cada
uma
para
em
um
andar.
Cada uma com suas aflições, suas peles carbonizadas pelo Sol, seus corações carbonizados pela chama que consiste em existir.
O tempo dita o assunto, mas não dita as vontades.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Roda-russa, montanha-viva
Talvez o mundo não seja uma roda-gigante. Talvez não rodemos tanto quanto imaginamos. Talvez seja uma montanha-russa (com todo o clichê que a invoca), com seus altos, baixos, adrenalinas e calmarias. Talvez as voltas do nosso coração, seja a ansiedade da subida ou o êxtase da descida.
O tempo correu num instante, nas curvas do meu coração.
O tempo correu num instante, nas curvas do meu coração.
segunda-feira, 5 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Diálogo de fora pra dentro e de dentro pra fora
- Seu moço, és daqui?
- Meu bem, não sou nem deste mundo...
- Meu bem, não sou nem deste mundo...
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Sei apenas que estou vivo. Nada mais sei. Sinto em mim um sangue que talvez exista para ser derramado e não para correr frouxamente pelas veias. Existem palavras essenciais: amor, infância,pureza, espaço, tempo. Com elas eu escreveria um romance, cem romances. O amor como atitude estética diante da vida, realização da pureza no espaço e da infância no tempo. Tudo mais é literatura.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
E tu?
Volta e meia assim
meio sem entender, no intervalo de um iê-iê-iê ou outro
pinta um vazio.
Penso eu que é o danado
do passarinho azul
que anda passeando
sem me avisar.
Falta chave na gaiola. Que bom.
meio sem entender, no intervalo de um iê-iê-iê ou outro
pinta um vazio.
Penso eu que é o danado
do passarinho azul
que anda passeando
sem me avisar.
Falta chave na gaiola. Que bom.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Quarta feira de cinzas (e desbotada)
Nos tempos do carnaval, os sentimentos se refugiam todos. Dobramos todos meticulosamente no guarda-roupa, intactos, quase involuntariamente. Colocamos o amor na gaveta, a saudade no cabide e a tristeza escondida no criado-mudo.
As loucuras no bixiga, a embriaguez no centro, os sorrisos na augusta, estes também não ficam conosco.
Na quarta de cinzas, despejamos o carnaval nas ruas e voltamos a vestir as roupas do guarda-roupa. Como deve ser.
As loucuras no bixiga, a embriaguez no centro, os sorrisos na augusta, estes também não ficam conosco.
Na quarta de cinzas, despejamos o carnaval nas ruas e voltamos a vestir as roupas do guarda-roupa. Como deve ser.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Nosso eterno espreguiçar
Talvez se tomasse um banho gelado e fechasse bem os olhos, podia se teletransportar para um lugar mais confortável, longe das tiranias perversas que se auto-impõe. Talvez remontar o quebra-cabeça de sua vida desordenada fizesse algum sentido - pudesse trazer alguma epifania pra se livrar de tudo aquilo que sempre se incomodou. Ou então, só se esconder, com covardia, por debaixo de seu cobertor de lã; afinal, nunca fizera de fato samba e amor até mais tarde. O sono, muito sono, este sim, sempre esteve por lá. Na linha tênue que separa a preguiça da euforia. Mas, oras, sempre pendia pra preguiça. Preguiça é fácil, preguiça é fuga.
Talvez bastasse pensar um pouco, meditar um pouco sobre como alinhar sua rotina, sobre como fazer desse ano, realmente um ano novo, de fato. Não pela astronomia, não pela cosmologia, mas por si. Ano-novo. A ideia lhe fazia o coração palpitar mais forte. O que fazer com aquela porção lotada de dias, horas, minutos, segundos? O que medir, transgredir, revolucionar com tanto tempo?
A ideia do banho gelado retorna - talvez alguns poucos minutos do novo ano para banhar-se poderia ser uma boa ideia. Talvez o cobertor de lã nem fosse tão confortável assim. Talvez cobrir-se com o sol quente pudesse ser ainda mais confortável. Substituir a preguiça de outrora por histeria, abraçar a loucura que paira na mente, a ideia de que no fim das contas o ano-novo é só um ano a mais (ou a menos) na sua vida. O inferno não são os outros, está aqui. Com uma linda fantasia embriagada de carnaval, que por vezes volta-se para mim, pensou. Quando o carnaval acaba, o inferno tira sua máscara, abre com volúpia um sorriso sádico, que atormenta, que insiste em fazer lembrar tudo aquilo que queria esquecer. A trazer uma esperança masoquista de um tempo que acreditávamos que havia acontecido, mas, que de fato, não aconteceu.
que tudo se foda, disse ela, e se fodeu toda. Paulo Leminski.
Talvez bastasse pensar um pouco, meditar um pouco sobre como alinhar sua rotina, sobre como fazer desse ano, realmente um ano novo, de fato. Não pela astronomia, não pela cosmologia, mas por si. Ano-novo. A ideia lhe fazia o coração palpitar mais forte. O que fazer com aquela porção lotada de dias, horas, minutos, segundos? O que medir, transgredir, revolucionar com tanto tempo?
A ideia do banho gelado retorna - talvez alguns poucos minutos do novo ano para banhar-se poderia ser uma boa ideia. Talvez o cobertor de lã nem fosse tão confortável assim. Talvez cobrir-se com o sol quente pudesse ser ainda mais confortável. Substituir a preguiça de outrora por histeria, abraçar a loucura que paira na mente, a ideia de que no fim das contas o ano-novo é só um ano a mais (ou a menos) na sua vida. O inferno não são os outros, está aqui. Com uma linda fantasia embriagada de carnaval, que por vezes volta-se para mim, pensou. Quando o carnaval acaba, o inferno tira sua máscara, abre com volúpia um sorriso sádico, que atormenta, que insiste em fazer lembrar tudo aquilo que queria esquecer. A trazer uma esperança masoquista de um tempo que acreditávamos que havia acontecido, mas, que de fato, não aconteceu.
que tudo se foda, disse ela, e se fodeu toda. Paulo Leminski.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Madrugada Radiguet
- Perdi o bonde e a esperança, volto pálido para casa, cismando na derrota incomparável, sem nenhuma inclinação feérica, com a calma que Bilac não teve para envelhecer, tudo somado devias precipitar-te de vez nas águas, seria uma rima, não seria uma solução - eta vida besta, meu Deus.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
Tempo de tempo
Pouco sabemos falar de ausência minha, tua, nossa.
Há uma linha tênue de limites, da qual desconstruímos e construímos a todo instante, tal como caminhamos, tal como nosso comprometimento, nossos sentimentos.
Numa espécie de sincronia oposta, a primavera porteña (que já passou por invernos duríssimos e outonos amenos) se transforma em um verão chuvoso, um verão ardido, no qual acreditei que, a trancos e barrancos (aprendendo e me rasgando) podia ser um verão de sol.
Escurecemos,
Anoitecemos,
Ardemos,
Não entendemos.
Nosso tempo é sempre quando.
Há uma linha tênue de limites, da qual desconstruímos e construímos a todo instante, tal como caminhamos, tal como nosso comprometimento, nossos sentimentos.
Numa espécie de sincronia oposta, a primavera porteña (que já passou por invernos duríssimos e outonos amenos) se transforma em um verão chuvoso, um verão ardido, no qual acreditei que, a trancos e barrancos (aprendendo e me rasgando) podia ser um verão de sol.
Escurecemos,
Anoitecemos,
Ardemos,
Não entendemos.
Nosso tempo é sempre quando.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
talvez você saiba exatamente o que fazer. Talvez você saiba me dizer a causa toda, de tudo que acontece ou que deixa de acontecer. Talvez você controle tudo isso aqui e saiba onde-o que-aonde-como falar e fazer. Mas eu não sei. Eu nunca sei, eu nunca soube. Eu só sei amar. Só amar. E isso já foi riso, isso já foi pranto e agora não sei direito o que é. Eu só tenho aqui aquilo que sempre tive, que nunca escondi, amor.
Ainda, tanto faz. Tanto fez. E eu ainda não sei o que fazer.
Ainda, tanto faz. Tanto fez. E eu ainda não sei o que fazer.
Os passaros
Que diferença? O dia se fez assim.
E se fazem, como já se fizeram.
E eu já não sei se é um sonho ruim ou se é um sonho bom.
E se fazem, como já se fizeram.
E eu já não sei se é um sonho ruim ou se é um sonho bom.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
La science des rêves
O que não podemos conquistar na realidade, transformamos em sonho. E aquilo, que não é suficientemente bom para ser sonho, torna-se realidade.
Ps. Com uma pequena edição, vindo pela necessidade de um hiato surgido no diálogo com uma querida amiga, penso que, os sonhos podem ficar na caixinha dos sonhos. Talvez eles sejam superiores demais pra se materializarem nesse plano mesquinho no qual vivemos. Talvez os sonhos devam ficar no transcendental, e não ser levados como metas que devemos atingir. Mas como coisas bonitas que guardamos pra gente.
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