terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um homem na estrada...

...Recomeça sua vida, sua finalidade: a sua liberdade.














A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rabiscos de uma (avenida) paulista solitária

Aceitação pessoal. Ou tentativa de.
Vou me abster do clichê da avenida cheia, da avenida com pressa, da avenida cheia de pressa.
Tempo seco, o cigarro inevitável cai ardido. Vontade não menos ardida de fazer tudo, de me perder por aí.
As horas passam e os barulhos de saltos e sapatos tornam-se mais frenéticos, mais intensos. Sinto meu coração em sincronia. Coração bobo, desesperado, despedaçado, empapuçado de uma esperança sabe-se-lá-de-que.
"Me gusta estar solo. La soledad me hace sentir bien. Cuando me hundo, me ahogo. Me encanta la vida y nada más...", me disse um colombiano-poeta-artista. Achou que eu o entendia por estudar filosofia. Entendo-o por viver.
O tempo seco, o tempo vazio, eu seca e vazia, não desencanta a lua cheia imponente no céu. Nada faz nada parar. Segue, sigo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Essa vida.

Essa vida é tão pesada, negra e filha da puta. Essa vida, tudo aqui em volta é tão monótono, sem cheiro, sem gosto, sem porra nenhuma.
Essa vida é tão massante, previsível (pior que decepcionante).
Essa vida é tão morta.

Poderia não ser, eu sei.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Auto-explicativo

Entra, fecha a porta.
Me diz o que tá acontecendo. Me diz o que não está acontecendo, porque eu simplesmente não entendo mais nada (no mal sentido) e cansei de acompanhar um ritmo e uma direção que eu não sei quais são.
Fala pra mim o que passa na sua cabeça, me fala de quando você acorda mal, de quando você acorda feliz. Me diz dos seus planos, das suas tristezas, do que você vai fazer hoje, do dia que acordou junto contigo, bonito.
Não foge, não se afobe. Sente comigo.
Se não, saia. Feche a porta.

domingo, 15 de agosto de 2010

15 de agosto

15 de agosto é um dia que me faz refletir muito, há 7 anos. É um dia que eu penso em tudo aquilo que eu queria/poderia ter vivido com ele e não vivi. E foi muito.
Dia 15 de agosto é um dia que ajuda a manter aberto esse buraco eterno de procura que existe dentro de mim, uma procura que talvez não adiante, porque era só nele que eu poderia achar.
Nunca fui carente, fraternalmente falando. Posso não ter a família mais afetuosa, mas estão sempre lá, sempre aqui. Mas a falta dessa figura, me faz ter uma saudade imensa de tudo aquilo que eu não tive.
Lembranças vagas, gostosas, de vez em quando passeiam na minha mente. O primeiro jogo, a primeira camisa do palmeiras, o primeiro contato com a música, com gente, com carnaval. Isso dói, porque sei que o tempo pode sim tirar isso de mim. Oras. são só lembranças, falta algo mais.
Me pego as vezes ouvindo histórias dele e tentando criá-la na minha cabeça, em busca de algo um pouco mais concreto em que eu possa me agarrar, para que de alguma forma eu possa tocá-lo, como não tive a chance de fazer.
15 de agosto é um dia longo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Les Poupées Russes

Me sinto numa grande mistura de longa-metragens, em que cada dia me encaixo perfeitamente a uma sinopse.
Não há duvidas, hoje o dia é perfeito para o não olhar pra trás de bonecas russas e seguir seguindo, do jeito que posso, do jeito que consigo, com Beth Gibbons me dizendo que precisa ser assim.
O trem partiu.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Queridíssimas



Não me canso de escrever pra vocês. Talvez por não me cansar de escrever pra mim mesma, e como já disse por várias vezes, é porque vocês estão um pouco em mim, ou melhor, porque vocês são um pouco de mim.

Cada trecho de vida lá fora me faz ter mais vontade e mais saudade de vocês, insaciável, não interessa o tempo que passo com ou sem vocês.

Queria pedir força de vocês. Força pra vocês e pra mim. Quero muito nesse momento e acredito que possa retirar de vocês, com vocês.

Hoje, meus amores, estou livre. Hoje, quero me sentir livre. Àquele passarinho azul, que insisto em deixar preso em meu coração, hoje quer sair. E vai sair, ele precisa sair.

Quero o máximo de vocês nesse momento. O máximo de poesia, de razão, de coração que está sempre presente conosco. Intensidade.

Amores, libertem-se.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Engraçado...

Depois de tanta dor, sofrimento, esperança, alegria e essa mistura quase sinestésica de coisas tão (im)palpáveis, o meu único medo (sem o tom pejorativo e pesado da palavra, só medo) é que o seu "você" referido deixe de ser eu. E só.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Arte é ilusão...

...Pois eu não ajo Fico ou Parto - com constante alegria
Meus pensamentos, embora céticos, são sagrados
Santa prece para o conhecimento ou puro fato.

Então enceno a esperança de que posso criar
Um mundo vivo em torno de meus olhos mortais
Um triste paraíso é o que imito
E anjos caídos cujas asas perdidas são suspiros.

Neste estado não mundano em que me movimento
Minha Fe e Esperança são diabólica moeda corrente
Em mundos falsificados, cunho pequenos
torno de mim, e troco minha alma por amor.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

pararenato

o renato é um sujeito engraçado.
Coloridamente alvi-negro, o renato é um cara engraçado.
Quer escrever um caminho tortuoso, mas um torto diferente daquele que a sociedade quer nos impor. Um torto certo, um torto reto (pra ele).
O renato quer fugir da camisa (de força) que a empresa o obriga a vestir diariamente e se cansou de limpar registros de uma história suja da qual contribuiu pelo simples fato de ter nascido.
renato quer ser feliz. Quer ver a história como um carro alegre e através do carro, atropelar essa história que o mundo o impõe. Escrever um futuro através do passado.
Tem dias que renato não quer acordar porque sabe do dia, do mundo que o espera lá fora. Tem dias que o renato fica louco pra acordar e sugar o dia e o mundo que o espera lá fora.
Que besteira, renato. Você só quer ser feliz, beber, esperar o seu jogo de domingo no pacaembu. Só quer um amor. Não daqueles pra vida inteira, só com a intensidade da eternidade.
Sei que sua solidão me dói e que é difícil ser feliz, renato. Sei que sua inteligência o trava e o acelera nesse caminho que somos obrigados a seguir (viver). Sei pouco realmente de você, da sua história. Mas sei do mundo que o cerca, da selvageria que está a sua volta e aos poucos, talvez por seguir um caminho semelhante, passo a te entender melhor.
renato, você é um cara engraçado.