Aceitação pessoal. Ou tentativa de.
Vou me abster do clichê da avenida cheia, da avenida com pressa, da avenida cheia de pressa.
Tempo seco, o cigarro inevitável cai ardido. Vontade não menos ardida de fazer tudo, de me perder por aí.
As horas passam e os barulhos de saltos e sapatos tornam-se mais frenéticos, mais intensos. Sinto meu coração em sincronia. Coração bobo, desesperado, despedaçado, empapuçado de uma esperança sabe-se-lá-de-que.
"Me gusta estar solo. La soledad me hace sentir bien. Cuando me hundo, me ahogo. Me encanta la vida y nada más...", me disse um colombiano-poeta-artista. Achou que eu o entendia por estudar filosofia. Entendo-o por viver.
O tempo seco, o tempo vazio, eu seca e vazia, não desencanta a lua cheia imponente no céu. Nada faz nada parar. Segue, sigo.
Um comentário:
a lua lá em cima, sim, linda. mas a gente faz e refaz o mundo, todo-o-tempo...
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