Desci do salto...Mentira, despenquei dele. Que que eu quero pra mim heim?Quero isso?Bom. Quero aquilo?Faça por merecer.
O salto estava muito alto mesmo, só tava dando pra ver muito acima do que eu sou. E o que eu sou?Baixinha, sem salto, rasteira, perdida. Perdida nas fórmulas exatas; sou mais entender as fórmulas da vida, daqui de baixo.
O salto era fino, logo logo eu sabia que ia desmoronar. Mas naquele momento, eu não me importava. O nariz estava tão alto, que acabei me esquecendo do que realmente me fazia feliz. Eram as coisas lá de baixo.
Aprendi que com salto ou sem salto devo permanecer assim; baixinha, respirando baixo, com pézinhos pequenos no chão...E sonhando lá em cima.
2 comentários:
Ah, Renata!
E nesse despencar vc caiu de novo no mundo das palavras - ufa!
Trouxe a chave?
Sabe, entender as fórmulas exatas para quê?
Elas são tão certas de si, sabedoras da verdade (que verdade?), se achentas e iguais para todos!
Quer dizer, diferentes para os que erram, mas aí esses logo são taxados de burrinhos-incapacitados - tipo eu, assim.
(burros eles que não sabe como é bem melhor se dar ao luxo de cometer alguns errinhos, podendo até subir no salto de vez em quando só para depois poder cair com tudo, se machucar e ver como são confortantes nossas letrinhas grudadas cheias de mistérios indecifráveis)
Eu acho bem melhor sentir o pé no chão mas a cabeça nas nuvens e viajar no mundo anormal dos normais que não entendem nada de complicações ou teorias numéricas.
(a melhor coisa é não saber o troco e se perder na conta de menos quando te devolvem várias moedas.
para não perder, vc aprende a ter paciência...)
pé no chão, sem salto algum, é sempre mais confortável...
a cabeça, essa sim voa
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