segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Com nada, sobre nada, de nada.

As coisas me impressionam. Impressionam a ponto da decepção, a ponto da amargura, a ponto do chorar (não, isso não é raro, eu sei).
As coisas se dissipam tão fácil, da mesma forma em que elas vieram. Não, as coisas se dissipam mais fácil do que vieram.
Parece que você demorou um tempo pra construir aquilo, pra estimar, quem sabe, até uma solidez, mesmo que imaginária, mesmo que ilusória; a coisa está lá. E não é que num piscar de olhos, a coisa se vai? Mais do que num piscar de olhos. Num passo dado, numa palavra dita; vai.
E quem é que te segura? Como viver sem a coisa que você tanto estima? Como superar a perda daquilo que você crê que construiu com tanta forma e conteúdo?
O que mais te prende em tudo é o seu egoísmo. O seu egoísmo, a sua fraqueza, a sua dependência. É tudo que te rende aquilo, que te faz refém, e você já não sabe mais se é aquilo que você quer pra você ou se é você, como essência da podridão humana quem quer. E aí? O impasse está declarado, você se depara com seu medo, com sua fraqueza, que estão bem ali, na sua frente, esperando a sua decisão, a esperada decisão.
Corro. Fujo. Fujo de mim, me rendo aos meus erros, aos meus pecados já consolidados, será que faz diferença agora?
Não quero perder. Não quero sentir. Não quero pensar. Mas o faço.

Um comentário:

Luiz(Ju) Constancio disse...

E olha só quem voltou...
É, acho que estou de volta ao mundo dos blogs...talvez vc não se lembre de mim, mas whatever..
Gostei muito do texto...e pelo que vi, tenho muita leitura atrasada aqui no seu blog =]
Beijos e até mais