quarta-feira, 20 de maio de 2009

Confissão

Forjo. Forjo tudo. Alegria, euforia, embriaguez. Forjo. Forjo tudo. Meu espírito livre, meu coração aberto, meu coração sem amor. Eu forjo tudo. Eu tenho medo de tudo. Tenho medo de me assumir, como sou, como as coisas são. Me sinto só e forjo. Forjo e aceito as coisas como são. Forçadas, doídas, incompreensíveis (talvez intencionalmente), forjadas.
Sinto como uma atriz na minha pele real. Na minha vida real. Vida forjada, que já não se consegue mais destinguir a película artificial, de uma alma já desgastada.
Canso de sentir. Fico louca com a minha carência, com as minhas alucinações dementes que não chegam a lugar nenhum.
Não, eu não sou auto-suficiente, não me sinto bem e completa sozinha, não sou a música alta da balada. Sou o violão chorado da bossa nova, do ritmo pesado, da solidão pulsante.
Chora pra mim, olha nos meus olhos, fala que quer ficar. Sente o que eu tô sentindo (talvez não só por você). Vive o que eu tô vivendo, entenda minha confusão, sente quanto coração. Sente quanta solidão. Sente.

3 comentários:

Du Graziani disse...

Belo texto, heim Rê. Vc abusou das repetições e ficou ótimo. Elas dão essa sensação de desconforto latente que você tá sentindo. Posso te confessar que passamos pelo mesmo ato.

Fontes disse...

Viver na confusão é romântico, mas nem sempre agradável. Talvez você precise de um pouco de paz.

Se estiver disposta, podemos procurar respostas juntos.

Iza disse...

tem estado bem?