Não se trata de uma geração saúde, repleta de perspectivas visionárias. Não.
Não se trata de uma geração preocupada com o futuro distante, sequer preocupada com o futuro próximo. Não se trata de uma geração sóbria, uma geração límpida, livre das armas de alienação.
Não se trata de uma geração que condena, uma geração alarmante.
Tratamos de uma geração revolucionária comodista, desesperada por algo, que nem sequer sabe o que é. Trata-se de uma aflição interna, um grito mudo de socorro, uma preocupação ausente presente na cabeça e no coração. Trata-se da necessidade de algo abstrato demais para se materializar. Um vácuo incômodo, lateijante que insiste em preencher cabeças ainda mais vazias, que então enfim se sentem na necessidade de distrair por algo, algo, qualquer coisa que a tire dessa realidade suja, essa realidade icógnita que a cerca. E no fim, tudo acaba, infelizmente fazendo sentido. Pra que pensar mais, pra que sentir mais, pra que revogar mais. As respostas estão todas ali, no trago, no copo, na música. As respostas estão todas aqui.
Um comentário:
Minha esperança é que essa geração faça tanta merda que praticamente obrigue nossos filhos a mudar o mundo.
A insurreição pula uma geração.
E o trago, o copo e a música fazem você parar de perguntar, mas nem por isso são a resposta.
Você anda inspirada nesses últimos dias. Saudades das nossas conversas.
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