- Tanto faz.
Tanto faz. Renata sempre respondia tanto faz. Talvez pela resignação natural das coisas. Ou talvez porquê tanto fazia.
De vez em quando se incomodava. Hesitava, pensava no contexto e via que tinha algo ali. Indefinível. Indefinível como bom, ruim, estranho, sei-lá-o-quê. Sei-lá-por-quê. E, tanto fazia. No fim, sempre. Tanto fazia.
Não sei. Ela também gosta muito de não sei. O porquê, ela não sabe exatamente.
É cômodo deixar as pessoas decidirem o que você tem que fazer, quando fazer e como fazer. É cômodo esperar as decisões alheias para decidir o seu destino. E, essa espera que enfrenta, essa espera sabe-se-lá-do-quê, essa espera no fim, também torna-se cômoda.
Mas não hoje.
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