quarta-feira, 16 de junho de 2010

Presente do passado

Agora já faz tanto tempo que você se foi, e eu continuo aqui no sofá, tentando entender o porquê de tanta ausência, o porquê desse distanciamento todo.
Queria procurar saber, como vai você, mas não daquele jeito bobo, daquele jeito que vem acompanhado da pergunta do tempo de amanhã. Queria saber como vai a sua vida, os sentimentos, o coração, que eu sei que bate tão forte, sempre bateu aí pra você.
Quero saber como andam suas árvores, suas cores, seus amores. Já fui um deles, afinal de contas (não querendo eu, ser somente seu passado).
Dia 11 passou e mais um mês de não-você por aqui. Não dói, não mesmo, é uma lamparina do passado que brilha bonito aqui, agora. E dia 20 vem daqui a pouco também; como o tempo vai andando por aí, cheio de não-nós e lembrancinhas perdidas que surgem de vez em quando.
Sinto um carinho imenso, dos icomensuráveis, queria poder te dizer isso, sem medo de más interpretações. Eu não me importo com as más interpretações, eu sei o que esteve aqui. Eu sei o que está aqui
Quero desejar boa sorte, e, oras, o tempo passou, mas não é só ele que te acompanha (te lembras disso?).
Com açucar, com afeto.
Pra nós.

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