quarta-feira, 28 de março de 2012
Ele não era assim, não era. É isso que ela fica repetindo sem cansar, enquanto afaga o cachorro mimado, enquanto reclama de seus pés inchados e de seu estômago fodido e da sua febre que vai e vêm sem motivo. Deve ser nervoso por causa dele. Ela diz enquanto bate os dedos no sofá preto, olhando pra porta na esperança dele aparecer.
Como as pessoas ficam dessa forma? Ela me pergunta meio triste, meio cansada, meio se esquecendo de mim. Eu queria fazer esta mesma pergunta a ela, falar que eu existo porra, desabar problemas e amores estragados e talvez chorar, gritando que não sou tão forte assim quanto ela pensa que eu sou e que também vivo e preciso e respiro amor, por mais que não o demonstre, porque nunca me deixaram demonstrar.
Agora ela pica batatas, fazendo sopa. Ele está doente, ela balbucia. Esta é a última vez que vou fazer alguma coisa pra ele. Ela mente. Ela sabe.
Como as pessoas ficam dessa forma? Ela me pergunta meio triste, meio cansada, meio se esquecendo de mim. Eu queria fazer esta mesma pergunta a ela, falar que eu existo porra, desabar problemas e amores estragados e talvez chorar, gritando que não sou tão forte assim quanto ela pensa que eu sou e que também vivo e preciso e respiro amor, por mais que não o demonstre, porque nunca me deixaram demonstrar.
Agora ela pica batatas, fazendo sopa. Ele está doente, ela balbucia. Esta é a última vez que vou fazer alguma coisa pra ele. Ela mente. Ela sabe.
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Sobre você
Sobre você, aprendi que pouco posso dizer e, que aquilo que achava que sabia, vi que realmente nunca soube.
Mas, lendo texto, achei curioso me ver esboçando um sorriso amarelo e os dizeres de Vinícius ecoando em minha cabeça
"O homem que diz sou não é, porque quem é mesmo, é não sou
O homem que diz tô, não tá, porque ninguém tá quando quer."
Mas, lendo texto, achei curioso me ver esboçando um sorriso amarelo e os dizeres de Vinícius ecoando em minha cabeça
"O homem que diz sou não é, porque quem é mesmo, é não sou
O homem que diz tô, não tá, porque ninguém tá quando quer."
sexta-feira, 23 de março de 2012
Esse daqui tem muito mais amor pra dar...
É sempre bom saber, que apesar dos abismos e momentos negros intensos, ainda é possível chorar ao se deparar com coisas bonitas.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Taí, eu fiz tudo..
Até mesmo no carnaval, recebemos mensagens que na vida sempre tem e terá um pouquinho de quarta-feira de cinzas...
quarta-feira, 21 de março de 2012
Estranhos íntimos
Eu e F. somos assim. Estranhos íntimos. Volta e meia dividimos confidências sem nexo. Já trocamos salivas, fluídos, dividimos a mesma cama. Sem saber, dividimos também das mesmas paixões. Não um pelo outro. Mas pela vida que não tem cura.
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Todo o sentimento
Um frio chato, um domingo com cara de domingo e Chico me dizendo que não devemos dizer nada, que devemos permanecer encantados, um do lado do outro.
segunda-feira, 12 de março de 2012
hoje sou dona de sonhos bestas, como vestir sua camiseta e sentir seu cheiro de banho tomado mas que não usa perfume e de repente acordar com um café na cama ou um beijo do hálito de quem acaba de acordar e só quer dizer bom dia ou até mesmo boa madrugada, não interessaria o que iria ser dito.
penso em dormir do seu lado e enrolar lençóis e acordar com um braço ou uma perna dormente porque fiquei tempo demais na mesma posição pra não te acordar com meus movimentos. sonho com uma noite mal dormida, até mesmo em uma cama de solteiro, na qual não caberíamos muito bem e provavelmente algum de nossos membros ficariam do lado de fora durante a noite, ou algum de nós cairíamos e riríamos ou ficaríamos bem bravos com a situação.
acordar e olhar pra uma janela de uma visão diferente, com um tempo bonito, quem sabe sob a sombra das árvores, quem sabe com o barulho caótico da cidade, não importa.
me despedir no dia seguinte, depois de ter escovado os dentes e forjado um banho e alguma roupa, se despedir com um beijo seu me dizendo um "até breve" sincero, daqueles que realmente sabemos que é até breve, daquele que realmente esperamos pra sempre.
ficar pensando em você durante resto do dia e de noite ser embalada por um ritmo frenético de ansiedade, do qual eu fumaria mil cigarros e escutaria algum jazz ardido ou um romântico-clichê e pensaria em você olhando pra janela e escrevendo coisas como esta que agora escrevo.
penso em dormir do seu lado e enrolar lençóis e acordar com um braço ou uma perna dormente porque fiquei tempo demais na mesma posição pra não te acordar com meus movimentos. sonho com uma noite mal dormida, até mesmo em uma cama de solteiro, na qual não caberíamos muito bem e provavelmente algum de nossos membros ficariam do lado de fora durante a noite, ou algum de nós cairíamos e riríamos ou ficaríamos bem bravos com a situação.
acordar e olhar pra uma janela de uma visão diferente, com um tempo bonito, quem sabe sob a sombra das árvores, quem sabe com o barulho caótico da cidade, não importa.
me despedir no dia seguinte, depois de ter escovado os dentes e forjado um banho e alguma roupa, se despedir com um beijo seu me dizendo um "até breve" sincero, daqueles que realmente sabemos que é até breve, daquele que realmente esperamos pra sempre.
ficar pensando em você durante resto do dia e de noite ser embalada por um ritmo frenético de ansiedade, do qual eu fumaria mil cigarros e escutaria algum jazz ardido ou um romântico-clichê e pensaria em você olhando pra janela e escrevendo coisas como esta que agora escrevo.
domingo, 11 de março de 2012
tenho em mim todos os motivos pra ser feliz ou pelo menos esboçar um contentamento. sinto aqui todas as alegrias possíveis, a de ouvir um bom samba, dançar abraçado. Uma vontade louca de não pensar no amanhã e naquilo que o carrega. Uma imensa vontade de tornar um caminho longo ainda mais longo pra permanecer na ternura, na pureza de ter aquilo da forma exata como ficou.
no entanto, chego em casa, tiro meu vestido florido, minha sapatilha, ligo o computador e leio e escrevo coisas tristes ao som de glory box, que toca e dói no coração.
no entanto, chego em casa, tiro meu vestido florido, minha sapatilha, ligo o computador e leio e escrevo coisas tristes ao som de glory box, que toca e dói no coração.
sexta-feira, 9 de março de 2012
elevado(r)
Quatro pessoas. Desconhecidas em um elevador.
Cada
uma
para
em
um
andar.
Cada uma com suas aflições, suas peles carbonizadas pelo Sol, seus corações carbonizados pela chama que consiste em existir.
O tempo dita o assunto, mas não dita as vontades.
Cada
uma
para
em
um
andar.
Cada uma com suas aflições, suas peles carbonizadas pelo Sol, seus corações carbonizados pela chama que consiste em existir.
O tempo dita o assunto, mas não dita as vontades.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Roda-russa, montanha-viva
Talvez o mundo não seja uma roda-gigante. Talvez não rodemos tanto quanto imaginamos. Talvez seja uma montanha-russa (com todo o clichê que a invoca), com seus altos, baixos, adrenalinas e calmarias. Talvez as voltas do nosso coração, seja a ansiedade da subida ou o êxtase da descida.
O tempo correu num instante, nas curvas do meu coração.
O tempo correu num instante, nas curvas do meu coração.
segunda-feira, 5 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Diálogo de fora pra dentro e de dentro pra fora
- Seu moço, és daqui?
- Meu bem, não sou nem deste mundo...
- Meu bem, não sou nem deste mundo...
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