São 2h30 da manhã. Mas eu precisava escrever, precisava. Sobre as coisas que estão entaladas, enlatadas na garganta, na cabeça, no coração. A pressão está a mil. As palavras não saem com nexo desse jeito, eu sei, mas eu precisava.
O que transcreve aqui talvez não seja eu, talvez não seja meu eu. Talvez não seja o eu que eu queria ser. Queria ser diferente. Menos dependente, menos deprimida. Queria seguir as réguas exatas, não as tortuosas linhas do destino, que o coração insiste em traçar.
Queria ser alguém que se importa mais comigo, que não se joga assim, em vão, que não joga com você mesmo, que não joga contra você mesmo.
Queria um pouco mais de exatidão, de sentido nas minhas palavras, de sentido nos meus sentimentos, de sentido no meu sentido.
Sobra em mim um peso, que me debulha no computador pela madrugada, que devaneia sobre nada, porque eu não sei nada, porque eu não escrevo nada - As coisas tortas não fazem sentido, as coisas tortas são tortas.
Nada me basta, nada me importa, a insônia me invade; será que é mesmo a insônia que tanto me incomoda? Será que não é a vida jogada, a vida que me joga? Será que já não jogo o suficiente, será que já não estou jogada o suficiente?
2h36 da manhã.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Nulo
E de repente eu me perdi...Nos meus sentimentos, eu me perdi. Me perdi nas palavras que não vão conseguir descrever. Me perdi em mim mesma.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Sobre o que (não) sinto...
Me tranco. Em mil trancas diferentes, pra não poder reconhecer as chaves depois. Engulo todas elas pra nunca mais poder encontrá-las. E fico assim, trancada, em mim, com os meus gritos que querem sair e já não podem, a tranca não deixa, a porta não deixa; o corpo é mudo e a mente é tirana.
Quero sair. Quero sair? O coração para, o coração não se solta, o coração fica ali, parado, esperando doer, ele sabe que vai doer. Mas ele já não sente dor. Ele espera uma dor tão grande que o que vem não é suficiente. O mesmo acontece para alegria. E vale a pena?
Ele não responde. Ele não sabe responder. Ele está trancado. Com várias chaves. Todas escondidas em lugares que não sei mais encontrar. E que não sei se quero encontrar. E que não encontro.
"Abre essa janela, primavera quer entrar e fazer do seu sorriso um abrigo..."
Casa Pré-Fabricada - Los Hermanos
Quero sair. Quero sair? O coração para, o coração não se solta, o coração fica ali, parado, esperando doer, ele sabe que vai doer. Mas ele já não sente dor. Ele espera uma dor tão grande que o que vem não é suficiente. O mesmo acontece para alegria. E vale a pena?
Ele não responde. Ele não sabe responder. Ele está trancado. Com várias chaves. Todas escondidas em lugares que não sei mais encontrar. E que não sei se quero encontrar. E que não encontro.
"Abre essa janela, primavera quer entrar e fazer do seu sorriso um abrigo..."
Casa Pré-Fabricada - Los Hermanos
terça-feira, 16 de junho de 2009
Lembranças
Doces, salgadas, amargas, picantes.
Do céu azul, do tempo frio, do tempo quente, da tempestade.
Do meu amor, do meu ódio, do meu pranto, das minhas risadas - Descontrole emocional.
Intensidade, superficialidade, álcool, álcool, álcool.
Da fome, do enjôo, do medo. Da constante ansiedade.
Dos filmes, das músicas, dos sentidos palpitantes em todos eles, em tudo.
dói, acaricia, dói de novo. Me faz bem; será?
Importa?
Só lembra...
Do céu azul, do tempo frio, do tempo quente, da tempestade.
Do meu amor, do meu ódio, do meu pranto, das minhas risadas - Descontrole emocional.
Intensidade, superficialidade, álcool, álcool, álcool.
Da fome, do enjôo, do medo. Da constante ansiedade.
Dos filmes, das músicas, dos sentidos palpitantes em todos eles, em tudo.
dói, acaricia, dói de novo. Me faz bem; será?
Importa?
Só lembra...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Sente só.
O cinzeiro está cheio. O copo está vazio, as palavras são repletas. É muito sentimento.
São palavras que se transbordam, que se esvaem em nada. É muito sentimento.
O ponteiro das horas vão depressa, as portas já estão fechando, mas o sentimento está ali, intenso.
É muito sentimento, cara. Dor, amor, amizade; é tudo muito intenso, muito sentido. As palavras não são capazes de descrever um milésimo dos sentimentos que passam. Nem a própria razão ou coração conseguem descrever tanto sentimento; é como uma bomba relógio, prestes a explodir, e no fim das contas, é o que você mais quer.
Tudo a flor da pele, tudo ao ponto da neurose. Sou só sentimentos. Dos loucos, caóticos. Talvez seja assim que tenha que ser. Sem razão, sem superficialidade, sem motivo. só sentir.
São palavras que se transbordam, que se esvaem em nada. É muito sentimento.
O ponteiro das horas vão depressa, as portas já estão fechando, mas o sentimento está ali, intenso.
É muito sentimento, cara. Dor, amor, amizade; é tudo muito intenso, muito sentido. As palavras não são capazes de descrever um milésimo dos sentimentos que passam. Nem a própria razão ou coração conseguem descrever tanto sentimento; é como uma bomba relógio, prestes a explodir, e no fim das contas, é o que você mais quer.
Tudo a flor da pele, tudo ao ponto da neurose. Sou só sentimentos. Dos loucos, caóticos. Talvez seja assim que tenha que ser. Sem razão, sem superficialidade, sem motivo. só sentir.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Free Bird
me sinto só. Só. Como aquele passarinho azul, que fica dentro do meu coração, pedindo pra eu não chorar, porque ele também está sozinho.
Eu me sinto só. Olhando pra janela, sentindo o vento, que também é só, e na sua solidão sopra só pra mim. A solidão me invade de tal forma, que já não posso mais me sentir só. Me sinto acompanhada. Acompanhada de minha solidão, que calada, me acompanha, me abafa - Sente, tudo vai passar, não se prenda a nada agora - a solidão me diz. O passarinho concorda e o momento se transborda e me esmaga por dentro. Me esmaga. O passarinho não suporta a dor, o passarinho voa, em direção ao vento que outrora soprara pra mim. Fico eu e minha solidão, olhando a imensidão, o passarinho voando, voando, voando.
Eu me sinto só. Olhando pra janela, sentindo o vento, que também é só, e na sua solidão sopra só pra mim. A solidão me invade de tal forma, que já não posso mais me sentir só. Me sinto acompanhada. Acompanhada de minha solidão, que calada, me acompanha, me abafa - Sente, tudo vai passar, não se prenda a nada agora - a solidão me diz. O passarinho concorda e o momento se transborda e me esmaga por dentro. Me esmaga. O passarinho não suporta a dor, o passarinho voa, em direção ao vento que outrora soprara pra mim. Fico eu e minha solidão, olhando a imensidão, o passarinho voando, voando, voando.
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