quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Esconderijo

A maneira como me encontrava ao escrever esse texto, reflete muito no meu eu. Estava reclusa, escondida, sentindo finos fiozinhos ardidos de água me ferirem gentilmente.
Escondo para mim meus medos e aflições. E quem quer saber deles, afinal?
Luto contra meus próprios monstros, mas continuo escrevendo. Estou errada? Certa? E novamente, quem se importa?
Assim continuo vagando no rumo da incerteza, deixando de lado o medo, as certezas e um pouco de mim mesma; afinal, uma vida sem perguntas é uma vida sem respostas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sobre tudo, para tudo.

Procuro...Procuro? Procuro!
Restos, retalhos, fragmentos; procuro, não encontro.
Mas oras, que vida seria essa se encontrasse? Se me encontrasse? Vida de conquistas, vida de glórias, vida miserável. A vida que eu não quero.
Hipócrita se a aceitasse, paradoxal se a renego. Humilhante se a sigo.
Recuso-me a segui-la, temo em atropelá-la. Contento-me em vivê-la. E vivo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Seu moço...

- Me diz seu moço...Me diz se vale a pena pensar, correr, suar, sofrer... Me diz se vale a pena moço, o esforço, as lágrimas ardentes. Vale a pena seu moço? Vale a pena a dor, o ardor, o amor, o labor... Vale? Vale tremer, vale ouvir, vale ligar? Será que vale? Vale o ódio, a paixão encardida, os lençóis retalhados...A cortina que se recusa a abrir, o vento que resiste a entrar? O sapato que não quer calçar, a roupa que não quer vestir, o cabelo que não quer pentear, a vida que não quer desandar? Vale a pena esperar o jardim desabrochar, o sol ardente aparecer, a lua cheia ressuscitar?Dói, seu moço, dói... Já não sei mais se vale a pena, ou se a pena é que vale...