Bom, aqui estou eu, a Renata, de alguns anos de idade, divagando sobre algo que nem eu sei direito; o meio-ambiente. Não é curioso escrever sobre ele, quando o computador que eu uso pra isso, está ligado numa tomada consumindo violentamente energia?Quando a luz que ilumina minha cabeça agora está fazendo o mesmo? Não é estranho escrever sobre isso com roupinha de algodão, que mamãe comprou na liquidação da loja exploradora?
É, não sei como me sentir menos hipócrita falando sobre isso. Não sei como me sentir menos hipócrita, simplesmente por pensar nisso.
Não sei como me sentir menos hipócrita ao viver.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Uma quase análise...
Acho que mais do que poesia, a Rosa e a Náusea de Carlos Drummond de Andrade, expressa um sentimento praticamente secreto, que mantemos nulo para não enlouquecermos diantes de tanta selvageria.
Ele nos abre os olhos para algo mais: o terrível algo mais que decidimos nos desviar por conveniência. Conveniência esta que só faz acumular mais tédio, nojo e ódio que agora não é só mais ligado a sociedade, mas sim em nós mesmos.
Ao ler a Flor e a Náusea, não nos identificamos com o texto, sentimos sim, como os próprios criadores da poesia; o homem contido, do cansaço sobreposto, do conformismo evidente, e da última, não mais flor, mas agora somente uma pétala seca de esperança.
O tempo passa e o capitalismo com todos os seus podres ainda nos acorrenta. Acima de tudo isso, nós mesmos nos acorrentamos em algo que nem sabemos se acreditamos como monogamia, trabalho, estudo; nutrimos o sistema capitalista, mais do que isso, somos o próprio sistema capitalista; deixamos de ser seu alicerce e passamos a ser ele mesmo. Já não se sabe mais o quanto isso é tédio, nojo e ódio.
O suor do trabalho, confunde-se com as lágrimas do explorado, do penitenciário do escritório, de quem trabalha de pé no chão á quem desfila com seu sapato de couro. As lágrimas contidas se escondem nas mãos calejadas, na goma do terno, no nó bem dado da gravata nova. Se escondem.
O uniforme é objeto de tortura, é vestido para ir a caminho do nojo, do destino certo, do destino imposto. Nojo, repugnância. Do trabalho?Do uniforme?De quem veste?De quem o manda vestir?
A pétala, o caule, o espinho...Brotaram no asfalto...Cadê?Cadê o asfalto?Cadê a flor?Cadê a rosa do meu povo?Cadê a receita pra mudar, a saída pra fugir, o buraco para se esconder?Livre-se do material, espiritual, boçal. Livre-se do que te prende, do que te fere, do que te pune. Livre-se de quem, de que, de onde, de como. Livre-se, liberte-se de si...Quem sabe assim, encontramos a pétala que falta em cada um, para formar a rosa do povo.
Ps: Quem não leu a Rosa do Povo do Drummond, perdão pelo texto, que não irão entender. Mas vocês não sabem o que estão perdendo.
Ele nos abre os olhos para algo mais: o terrível algo mais que decidimos nos desviar por conveniência. Conveniência esta que só faz acumular mais tédio, nojo e ódio que agora não é só mais ligado a sociedade, mas sim em nós mesmos.
Ao ler a Flor e a Náusea, não nos identificamos com o texto, sentimos sim, como os próprios criadores da poesia; o homem contido, do cansaço sobreposto, do conformismo evidente, e da última, não mais flor, mas agora somente uma pétala seca de esperança.
O tempo passa e o capitalismo com todos os seus podres ainda nos acorrenta. Acima de tudo isso, nós mesmos nos acorrentamos em algo que nem sabemos se acreditamos como monogamia, trabalho, estudo; nutrimos o sistema capitalista, mais do que isso, somos o próprio sistema capitalista; deixamos de ser seu alicerce e passamos a ser ele mesmo. Já não se sabe mais o quanto isso é tédio, nojo e ódio.
O suor do trabalho, confunde-se com as lágrimas do explorado, do penitenciário do escritório, de quem trabalha de pé no chão á quem desfila com seu sapato de couro. As lágrimas contidas se escondem nas mãos calejadas, na goma do terno, no nó bem dado da gravata nova. Se escondem.
O uniforme é objeto de tortura, é vestido para ir a caminho do nojo, do destino certo, do destino imposto. Nojo, repugnância. Do trabalho?Do uniforme?De quem veste?De quem o manda vestir?
A pétala, o caule, o espinho...Brotaram no asfalto...Cadê?Cadê o asfalto?Cadê a flor?Cadê a rosa do meu povo?Cadê a receita pra mudar, a saída pra fugir, o buraco para se esconder?Livre-se do material, espiritual, boçal. Livre-se do que te prende, do que te fere, do que te pune. Livre-se de quem, de que, de onde, de como. Livre-se, liberte-se de si...Quem sabe assim, encontramos a pétala que falta em cada um, para formar a rosa do povo.
Ps: Quem não leu a Rosa do Povo do Drummond, perdão pelo texto, que não irão entender. Mas vocês não sabem o que estão perdendo.
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