quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Abril/2012

Com que cara Sofia  iria olhar pro amor quando ele batesse em sua porta? Não tinha rosto nem coragem pra isso.

Não lidava com seu próprio silêncio. Jamais saberia lidar com o silêncio do próximo. Tão próximo.

Pavor de se ausentar da ausência.

Faltou o verso da solidão, o ponto final que a iria fazer desistir daquilo que estava na sua frente: o clichê.

E amou.

Sofia amou tão loucamente no intervalo de poucas horas que quase enlouqueceu.

Não tinha mais volta.

Transbordou-se em loucura.

Poética.

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