segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sofia acordou da mesma forma de sempre. Abriu a janela e olhou para as mesmas coisas de sempre. Fechou, como sempre.
Se colocou no moletom de sempre e foi ao mercadinho de sempre, pegar o cigarro de costume. Tragou como o habitual e deitou-se com a tonturinha de rotina.
Passou o dia exatamente da mesma forma como sempre costuma passar.
Mas na hora de deitar-se, na cama e cobertas que sempre lhe pertenceram, não se sentiu a mesma de sempre.
Não sabia se tinha quebrado a si mesma ou o hábito massacrante havia a derrotado de vez.

domingo, 24 de junho de 2012

Sou, não é

Pensei em muitas coisas, mas no fim, não sobraram muitas e pensando melhor, ainda bem.
O orixá de Vinícius não engana. Dói demais pra ser feliz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Numa insistência cega em discorrer sobre sentimentos, me debruço sobre os meus e não enxergo a linha final, nem a inicial. Passeio entre passado, presente e futuro e os sentimentos vão se condensando e se confundindo, de maneira extraordinária.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Efêmero, orgulho, insegurança, contenção e mais algumas palavrinhas insistentes de um vocabulário do qual eu tento fechar os olhos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

E este rio de água, cega, 
ou baça, de comer terra, 
que jamais espelha o céu, 
hoje enfeitou-se de estrelas. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

suspiros. Os sentimentos eclodem as paredes e transbordam por todos os cantos.
Não obstante em lidar e superar os próprios fantasmas do passado, há aqui a árdua missão de lidar com o passado alheio, entender que existiu e que é passado. Mas as vezes, vêm como um farol alto que ilumina sem dó nem piedade esse presente que é consolidado e fala alto e turva a visão de futuro de uma maneira inescrupulosa e incoerente.
O tempo, a história, a vida são cruéis demais pra quem vive.

domingo, 10 de junho de 2012

Definitivo

O rabisco que rabisca
O rabisco que te fode
Te vira do avesso
Te joga na vala
O rabisco que te entrega
Que te enrosca
Embosca
Esboça
Rabisca.

Nada nunca é o que só é.
E se ainda se atreve a pensar, que assim, calado há de conseguir algo, é porque de fato nada queres conseguir.


Quem espera, nunca alcança...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Auto-controle, equilíbrio, paz, zen, meditações e bláblábláblá vai tudo pra puta que pariu.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Conclusão sem tamanho

Só o amor salva.

sábado, 2 de junho de 2012

Quando te agradeço (coisa que sempre faço, impreterivelmente) é por falta de tato, palavras ou qualquer demonstração de afeto que vai ser suficiente para apontar tudo aquilo que sinto.
Nem o agradecimento o é. Nem o amor é. Nada será.

(Mas assim, meu querido, me felicito demais com o termo "será" e qualquer promessa futura que nos diga respeito)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Volta e meia dói como um espinho que perfura a gente em cheio. E no sentido literal, a situação é também quase essa.