Engulo muitas coisas pra tentar afogar sabe-se-lá-o-quê, que me atormenta tanto, que não me deixa respirar.
Papel e caneta (tanto pro desabafo vazio, como pra receita médica, que insiste em sabotar tamanha obscuridade), não são mais capazes de entender, porquê já não consigo me entender; a dor me apossou por inteira.
Essa dorse disfarça ora de desilusão, ora de cansaço, ora falta, ora carência, perdas. as sua essência, seu sintoma, sua imponência perante minha felicidade é sempre a mesma. O coração apertado, aflito, querendo ser preenchido, e que não preenche, não consegue se preencher.
Aos 20 anos, caio no clichê da indiferença perante a morte externa, porque a interna já está aqui. Ou talvez nunca tenho nascido de fato.
Vontade de morte, por não conseguir nascer.
Um comentário:
Você usa muitas palavras fortes, sempre. Economizar algumas pode fazer as que sobrarem mais impactantes.
Você escreve morte. Eu sempre leio caos.
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