quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mais um texto.

As coisas ainda encontram-se muito avulsas, perdidas em pedaços de papel rabiscados, alguns cobertos de lágrimas outros escritos com entusiasmo.
As canetas para a escrita não são as mesmas e os papéis são de caderno inacreditavelmente diferentes.
Não sei o que muda. Se é a forma de escrever, se é a riqueza das palavras, se é o papel, se é a caneta, ou se sou eu.
Sei que as coisas mudam; sei que o homem não é capaz de entender o mundo antes de se machucar. Não é capaz de entender o mundo antes de viver um momento de extrema felicidade, antes de chorar, antes de entender o que é o amor (seja ele na forma em que for). E eu? Ainda não sou capaz.
Eu, aos meus 17 anos, sei o que entendo do mundo. Sei que as coisas devem ser levadas da melhor maneira possível, sei que as pessoas podem ferir a quem ama, sei que as pessoas podem ser cruel (é o excesso machadiano)... Sei que as pessoas podem ser credulamente incríveis da mesma forma que podem ser inescrupulosas. E ah, sei que gosto de sorvete.
Enquanto não sei de nada além do sorvete, escrevo... Vario entre blogs, cadernos, canetas. Vario em vida, vario por necessidade de variar. E escrevo.

3 comentários:

Luiz(Ju) Constancio disse...

Hahaha, e quem disse que ainda não guardo? (:
Assustar-se-ia (uia, uma chance de usar mesóclise =D) com o tanto de besteiras que tenho pela carteira, gaveta e etc...
Também gosto de sorvete e curiosamente também não entendo muito do mundo =]
Mas ja passei dos 17 anos =S
hahahaha
Beijos moça. Cuide-se

Alice Agnelli disse...

Escrever.

Engraçado como as palavras escritas tornam as coisas muito mais simples e complexas - não teria isse algo a ver com o nome do seu blog?! haeuhaeuuh

A paulinha me mandou outro dia esse trecho, de um livro que ela tava lendo: "E numa ocasião em que estava longe de tudo aquilo que conhecia, amigos, família, escrever era o fio da continuidade. Era tudo que sempre fizera."

Acho que pensando no não saber do que é fixo-certo-imutável, nos mantemos nessa inconstância, sempre mudando, sempre variando.

E aí a gente escreve.
Pra pelo menos ter um ponto de equilíbrio.

Du Graziani disse...

Nós escrevemos para tentar acalmar as várias facetas que existem na mesma individualidade. Somos seres tão complexos, capazes de realizarmos atos tão benevolentes ou tao malevolentes. Escrevemos para acalmar esse nosso id deveras exaltdo.