domingo, 31 de outubro de 2010

Você me falando assim de ontem, tanto ontem, esqueço um pouco que tivemos um nosso ontem. Hoje, eu não sei, nunca sei, jamais saberei. Me perco no amanhã.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Exílio

Saber do amanhã, sem saber, esse é o meu destino.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Meu tempo

Minha sorte está lançada
Eu sou, eu sou estrada
Eu sou, eu sou levada
Eu sou, eu sou partida
Contra o grande nada - lá vou eu!
Ao romper da madrugada
O sol no pensamento
E o tempo contra o vento
E a minha voz alçada
Contra o grande nada - lá vou eu!
"Quem vem lá?" Pergunta a solidão
"Sou eu!"
Sou eu que vou porque o meu tempo nasceu
Entre os ecos do infinito
Eu grito, eu mato a solidão
Eu sou meu tempo, eu vou
A ferro e fogo, eu corro
Eu vou, eu canto e grito: amor!
Eu vou, eu vou, eu canto e grito: amor!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Poesia Auto-explicativa


E se
A infância perdida
Encontrasse a rosa do asfalto
Crescesse bonita como um passarinho
E tivesse um amor maior do mundo
E percebesse enfim, que, como tudo no mundo,´
Amor ou ódio
acaba?

sábado, 9 de outubro de 2010

Justo a mim

A mim coube ser eu.
E eu não caibo em mim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais pura.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cinza

Tudo cinza. De olhos fechados ou abertos, o que eu vejo é cinza.
Um misto de preto, de branco; é cinza.
O que vejo é cinza. É frio e inóspito. Invadindo meu pensar, meu sentir. Descolorindo meu sonhar...

sábado, 2 de outubro de 2010

Pó, poeira, ventania...

Fênix renasce das cinzas, meu bem.
Do pó, construimos o concreto. Sem importar que depois tudo vira pó de novo. Temos de saber aproveitar nosso ápice, minha querida amiga. A queda, a dor, é tudo consequencia; o sentimento, a intensidade está sempre aqui, aí, conosco. Seja do concreto ou do pó.
Não deixe de acreditar no amor.